sábado, 21 de julho de 2007

Nem dúvidas.


O mar invadiu minha mente e disse que para entrar na sua imensidão azul eu precisaria tirar a areia dos meus pés...
-Se tu não gostasse de areia -eu pensei- não beijaria o litoral... Mas o que eu disse foi: -Crueldade! Não percebe que não posso tirar os sedimentos que restaram porque a praia inteira ainda me serve de descanço?! Daí continuei pensando... -Na praia deixei as marcas dos meus passos e a moldura da minha alma, eu desenhei em seus grãos toda minha liberdade, tracei caminhos que me descobriam, e só a praia conseguiu cortejar com paciência seus próprios desejos... E por aí fui indo... me perdendo em pensamentos não percebendo as ondas me levarem... Já estou longe agora... e só a praia vai saber tudo aquilo que não foi dito, mas intensamente sentido.
(Thainara Prazeres).

3 comentários:

Carla Pedraça disse...

rainha das metáforas

R. Siqueira disse...

to sentindo um coração meio magoado ainda.

M. A. Cartágenes disse...

meio nostálgico, bonito!